A campanha “Janeiro Branco” tem por objetivo chamar a atenção da sociedade para as necessidades relacionadas à Saúde Mental. Buscando incluir pessoas em vulnerabilidade social na campanha, A Coordenaria de Políticas Públicas para as Mulheres (CPPM) da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH) realizou na manhã desta terça-feira (24) uma ação com mais de 25 reeducandos do Projeto Cidadania e Liberdade.
O projeto, que funciona dentro do Conselho da Comunidade da Execução Penal (CCEP), no Centro de Macapá, trabalha na reinserção de egressos do sistema prisional e pessoas que cumprem pena no regime semiaberto.
“O objetivo de trabalhar o Janeiro Branco com os reeducandos desse projeto é fazer eles se sentirem importantes na sociedade e não excluídos, para que saiam daqui com uma outra mentalidade e irem pra sociedade de uma forma mais saudável”, enfatizou a coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, Socorro Marques.
As atividades foram realizadas pela equipe de psicólogas do Centro de Referência e Atendimento à Mulher (Cram) e contou com exercícios de respiração diafragmática para abordar estratégias de manejo do estresse, roda de conversa sobre saúde mental e dinâmicas para falar da importância da resiliência.
A psicóloga do Cram, Gláucia Freitas, falou do foco abordado com os reeducandos ” Foi pensado em fazer um momento com eles priorizando o cuidado com o ser humano e trabalhar o processo de desconstrução e desmistificação do cuidado com a saúde mental”.
A programação foi encerrada com um momento de interação e reflexão em grupo sobre novas perspectivas de vida e expectativas para o novo ano que começou. Para isso, as psicólogas conduziram uma meditação guiada.
Um reeducando de 30 anos relatou sua experiência em participar da programação. “Foi muito positivo para tirar dúvidas sobre saúde mental. Me ajudou a abrir a minha mente, muitas vezes as pessoas desacreditam da gente e acha que vamos fazer alguma besteira, nos julgam e isso machuca nossa saúde mental, é importante colocar isso pra fora, deixa a gente mais leve”, disse.
Wellington Barros* – estagiário sob a supervisão da Secretaria Municipal de Direitos Humanos