A cantora, ativista social, servidora pública municipal e socióloga Rafaela Esteffans foi a primeira entrevistada do “Bate-papo da Cidadania”, realizado pela Prefeitura de Macapá. Direitos, os desafios da população LGBTQIA+ no mercado de trabalho, políticas públicas e saúde mental foram assuntos destacados durante a entrevista pingue-pongue feita pelo gestor da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH), Raimundo Azevedo.
O evento aconteceu no auditório da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult) nesta sexta-feira, 13 de janeiro, com a presença de autoridades, como vereador de Macapá Alexandre Azevedo (PP), além de servidores públicos, representantes de movimentos e familiares de pessoas trans. As coordenadorias de Políticas Públicas para as Mulheres, Idosos, Pessoas com Deficiência e Igualdade Racial também participaram.
O coordenador de Diversidade da SMDH, Edem Jardim, palestrou a temática acerca do mês da Visibilidade Trans, cuja data é comemorada no dia 29 de janeiro. O mês também reflete sobre a importância da saúde mental.
De acordo com o gestor da Secretaria de Direitos Humanos, a primeira edição do Bate-papo da Cidadania faz parte do programa “Macapá Mais Cidadania”, da SMDH. Para Raimundo Azevedo é um momento em que os Direitos Humanos aparecem para construir uma sociedade informada e mais humanizada.
“Muitas pessoas sentem dificuldade em falar sobre suas tristezas e seus medos, por isso é fundamental promovermos debates com a participação da sociedade, acerca de Saúde Mental, de Respeito e de Direitos”, destacou o secretário.
A entrevistada Rafaela Esteffans destacou que a saúde mental da população LGBTQIA+ é uma pauta que precisa ser enfatizada diariamente.
“Essa entrevista educativa realizada pela gestão buscou falar sobre mulheres trans que batalham todos os dias. Infelizmente, nosso país é o que mais se mata a população trans, por isso nós estamos inseridas na sociedade para mudar esse quadro”, ressaltou.
A Designer de Moda, Maya Monteiro, levou a família inteira para o “Bate-papo da Cidadania”. Ela conta que participar do evento foi muito importante para conscientizar as pessoas.
“Somos pessoas normais, iguais a qualquer outra pessoa, mas passamos por dificuldades, e precisamos dessas políticas públicas para melhorar tanto na saúde, na segurança e na educação assim como no mercado de trabalho”.
A mãe da Maya, Renatta Monteiro, também enalteceu o evento, lembrando que ações como essas ajudam na construção de uma sociedade melhor, de pessoas melhores. “As pessoas têm o direito de viver em paz, de viver o que sente”, finalizou Renatta.
