Semed e TRE firmam acordo para erradicar analfabetismo entre os eleitores macapaenses

A parceria busca a inclusão social dos eleitores não alfabetizados em Macapá.

Por Lázaro Gaya - Secretaria Municipal de Comunicação Social

A Prefeitura de Macapá, através da Secretaria Municipal de Educação (Semed), firmou nesta terça-feira (30) acordo de Cooperação Técnica com o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE/AP) para a implementação do ‘Projeto ABC da Cidadania’ na capital. O objetivo é erradicar o analfabetismo entre os eleitores macapaenses, promovendo a inclusão social através da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Participaram da solenidade de assinatura o presidente do TRE Amapá, desembargador Gilberto Pinheiro, e o secretário municipal de Educação em exercício, Ebrely Andrade. A cidade de Santana também esteve representada no encontro pelo secretário de Educação, Amarilson do Amaral.

Atualmente Macapá possui a maior taxa de analfabetismo entre os eleitores amapaenses, com 6.631 votantes autodeclarados analfabetos. Santana aparece logo em seguida, com 3.449 eleitores.

“Essa parceria é muito importante, pois tem a missão de tirar diversas pessoas de uma condição de analfabetismo em que elas se encontram há anos. Isso representa o resgate da cidadania “, reforçou o secretário municipal de Educação em exercício, Ebrely Andrade.

Na ocasião, ainda estavam presentes o diretor-geral do TRE/AP, Francisco Valentim Maia, e a presidente da Câmara Municipal de Santana (CMS), vereadora Elma Garcia.

ABC da Cidadania
O projeto foi concebido a partir da realidade de que, no Amapá, 3,71% do eleitorado declarou-se analfabeta em 2019. A maioria desse grupo é composta por homens negros ou pardos acima de 60 anos.

A iniciativa quer trazer para o Amapá a experiência bem-sucedida obtida pelo TRE do Piauí no começo da década de 2000.

A meta principal do projeto ABC da Cidadania é alfabetizar pelo menos 50% do eleitorado do Amapá. Com isso, a expectativa é reduzir o percentual de analfabetos nas faixas etárias de 16 a 35 anos e acima de 80 anos. Para os eleitores entre 35 a 79 anos, a meta é uma redução de 30%.

Para isso, o projeto conta com recursos de cerca de R$ 3 milhões, que serão usados para contratar alfabetizadores e coordenadores. Esses profissionais serão selecionados pelos municípios participantes dentre estudantes de pedagogia, letras e sociologia, entre outras graduações, que darão aulas no contraturno de suas atividades.

Todos os participantes do projeto ABC da Cidadania, ao fim do curso, receberão um diploma de alfabetizado e um novo título de eleitor, no qual será retirada a ressalva ‘Não Alfabetizado’.