Profissionais da educação, saúde e assistência social participam de simpósio sobre Síndrome de X Frágil

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) realizou na manhã desta sexta-feira, 29, o Simpósio Macapaense sobre Síndrome de X Frágil: uma abordagem multidimensional, ministrado pelo professor e doutor pela Universidade de Évora de Portugal, Vitor Franco. O evento aconteceu no auditório central da Universidade do Estado do Amapá (Ueap) e contou com a presença de professores, estudantes e segmentos que podem contribuir para a identificação da síndrome em crianças e adolescentes.

A Síndrome do X Frágil, também conhecida como SXF, trata-se de uma alteração genética hereditária rara que afeta o desenvolvimento intelectual e está relacionada ao desenvolvimento do autismo em alguns casos. As informações e formação proposta pelo professor Vitor Franco podem contribuir para a identificação da síndrome em crianças da rede de educação municipal e a intervenção com o acompanhamento adequado para o melhor desenvolvimento e integração desses estudantes.

 

“Esse é um ano de muitas formações, muitas oportunidades que surgiram para os profissionais da Divisão de Educação Especial, e, com o apoio e participação de todos, conseguimos trazer pessoas muito importantes aqueles que trabalham diretamente com o atendimento educacional especial, por meio de formações com nomes de renome, como o do professor Vitor Franco”, destacou a chefe da Divisão de Educação Especial, Sarah Medeiros.

 

Vitor Franco explicou que é essencial que os trabalhos de acolhimento e intervenção nos casos de SXF sejam feitos de forma integrativa através do sistema de educação, saúde e assistência social. “A integração começa desde a concepção de uma criança, é importante que todos os eixos se complementem para que o indivíduo possa alcançar independência e autonomia. Os médicos, professores e a assistência que essa criança irá receber precisam se atentar para isso, pois não podemos limitar o jovem sobre experiências que são fundamentais para o seu desenvolvimento e socialização”, ressaltou.

 

Os dados demográficos apontam para a ocorrência da síndrome de uma em 2.500/4.000 pessoas do sexo masculino e uma em 4.000/8.000 do sexo feminino. Além disso, tratando-se de uma doença hereditária, uma em 280 mulheres e um em 300/800 homens possuem a pré-mutação. Atualmente, apenas um caso foi identificado na rede municipal, mas a previsão é de que com a capacitação e alerta, outros diagnósticos possam surgir. 

 

Para a secretária de Educação, Sandra Casimiro, a formação é um processo fundamental para possibilitar o acesso à educação de qualidade para todas as crianças e adolescentes, incluindo as do atendimento especial. “A formação continuada é sempre uma ferramenta fundamental que modifica e aprimora o nosso fazer, nós estamos fazendo uma mudança importante mesmo não nos dando conta, mas tudo isso irá gerar resultados importantes no futuro que poderão ser vistos com a inclusão das crianças em um processo cada vez mais preparado para atendê-las com a qualidade necessária”, reforçou. 

 

Neste sábado, 30, tem início o workshop, também ministrado por Vitor Franco. O curso será limitado e tratará exclusivamente sobre a intervenção precoce no desenvolvimento infantil, partindo do compromisso com a prevenção, melhor e mais cuidado e condições para uma vida autônoma para os portadores da síndrome. O evento acontecerá na sede do Sindicato dos Urbanitários, a partir das 8h, e se encerrará na tarde da segunda-feira, 2. 

 

Rafaela Bittencourt

Assessora de comunicação/Semed