
Ao som do ladrão “Não deixe a cultura morrer. Não deixe a cultura acabar. Eu sou de Campina Grande do Estado do Amapá” que foi dado início à programação do Ciclo do Marabaixo 2017, no fim de semana. O prefeito Clécio Luís prestigiou a programação na comunidade de Campina Grande, acompanhado dos senadores Randolfe Rodrigues e Davi Alcolumbre, e do vereador Rinaldo Martins.
Os festejos ocorrem na maloca da família Carmo da Costa, no comando da matriarca dona Antônia, há mais de 17 anos. Nos últimos cinco anos, a Prefeitura de Macapá fomenta a realização do ciclo na comunidade, por intermédio do Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir). “Desde o início da gestão, temos apoiado o Ciclo do Marabaixo e sempre ‘lutamos’ para que Campina Grande fosse contemplada no projeto”, destacou o diretor-presidente do Improir, Maykom Magalhães.
A presidente do Grupo Folclórico Herdeiros do Marabaixo, conhecida como Del do Marabaixo, agradeceu ao prefeito Clécio pelo compromisso com a cultura. “Independente do que aconteça, o repasse é feito para as comunidades. Isso é porque ele tem compromisso com o nosso povo e respeita a nossa identidade”.
Quem comandou o ritmo das caixas do Marabaixo foram os grupos de Campina Grande e do Maruanum. O senador Davi Alcolumbre demonstrou satisfação em participar da abertura da programação, que já é tradição no estado. “Mesmo com dificuldades, a Prefeitura de Macapá se faz presente nos eventos culturais, seja com recursos financeiros ou com infraestrutura, para ajudar na realização de eventos como este”.
A programação teve direito a tocadores e dançadeiras vestidos a caráter (saias rodadas e camisas floridas). Durante as apresentações são feitos os “ladrões” – onde os cantadores fazem improvisos de letras. Ao mesmo tempo era servida a gengibirra – uma batida feita com gengibre, açúcar e aguardente. Outra tradição é o jantar, um “cozidão” de carne foi servido aos visitantes.
O senador Randolfe Rodrigues fez um apanhado histórico sobre o Marabaixo. “A celebração dessa manifestação é algo milenar, o toque das caixas tem a ancestralidade de mais de mil anos. Isso é algo que vem há anos e perpetuará por muitos anos”.
A Prefeitura de Macapá investiu R$ 30 mil no ciclo, dividido entre cinco grupos tradicionais de Marabaixo do Laguinho, Favela e de Campina Grande. Clécio Luís agradeceu pelo convite e carinho pelo qual foi recebido. “Este é o quinto ano consecutivo que apoiamos o Ciclo do Marabaixo. Mesmo com a crise, não deixamos que ela virasse desculpa para não fomentar a principal manifestação cultural e popular. Mesmo sendo pouco, mas as comunidades sabem que podem contar com o Município”.
Adryany Magalhães
Assessora de comunicação/PMM