
Neste sábado, 9, a 58ª Feira do Peixe Vivo não fugiu à tradição e uma tonelada de pescado foi vendida em menos de três horas no bairro Laguinho. Ao preço de 10 reais o quilo, que se mantém desde o início do projeto, implantado pela Prefeitura de Macapá há seis anos, a procura foi intensa para garantir o almoço do fim de semana.
As espécies tambaqui e pirapitinga, desenvolvidas em tanques abertos pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Semdec), como fomento à agricultura familiar e que possuem carne saborosa, serviram ainda mais de atrativo, principalmente para a população de baixa renda.
Nem a distância foi motivo para o taxista Erick Barbosa, 24 anos, e a esposa Taya Mayara, técnica em enfermagem, à espera do primeiro filho. Eles se deslocarem do Ypê, bairro onde moram, para comprar o peixe a um preço mais acessível. “Essa é a primeira vez que compramos aqui, apesar de já conhecermos o projeto. Hoje, toda a economia que a gente faz é valida, ainda mais quando sabemos que é um peixe de qualidade”.
O casal de colombianos Cristian Lorena, 32 anos, e Luíza Hernandez, 24 anos, radicado em Macapá há três anos, também aproveitou o sábado para conhecer o projeto e levar o pescado para casa. “Na região onde vivíamos, em meu país, não tínhamos essa facilidade para comprar peixe, porque não há muitos rios e mares. Ficamos encantados com toda a fartura que existe aqui na Amazônia, no Amapá, e com preços que podemos pagar. Muito importante isso que é feito para proporcionar uma alimentação mais rica para todos. Comer peixe é fundamental para uma boa saúde”, disse ele.
A qualidade do produto também atraiu Kleber Rodrigues, 29 anos, vigilante. “Eu comprei porque o preço é bom e penso que, com toda essa estrutura que a prefeitura monta, esse peixe tem boa procedência, já que, às vezes, a gente encontra pescado com um bom preço, mas congelado, e nem imagina quanto tempo está ali, guardado. Aqui é peixe fresco, vivo e o meu vai direto para a panela”, afirmou.
Satisfação para quem comprou e também para quem vendeu. Pela terceira vez participando do projeto, Noêmia Nascimento, 57 anos, agricultora familiar e piscicultora, tem sentido a diferença desde que se cadastrou. “No meu caso, eu já possuía os tanques, mas recebi toda a assistência técnica da Semdec, porque já havia tido muitas perdas, tanto no tanque quanto no transporte. Mesmo minha propriedade estando a poucos quilômetros de Macapá, eu não conseguia trazer os peixes sem que muitos morressem no caminho. Uma grande oportunidade que a prefeitura nos oferece com esse projeto, estou muito feliz”.
Para o secretário Richardson Regio, da Semdec, o sucesso do projeto Peixe Vivo abrange a parceria da prefeitura com os agricultores. “O projeto é, antes de tudo, uma resposta do Governo Municipal para atender e solucionar as demandas existentes e incentivar os agricultores familiares e pequenos produtores rurais a diversificar seus meios de produção e, com isso, aumentar a renda. É a presença efetiva da prefeitura junto às famílias do campo, que vêm gerando resultados tão satisfatórios quanto esses que estamos obtendo por meio da piscicultura e de outras políticas públicas que criamos para desenvolver a economia”, encerrou.
Ruth Carrera
Assessora de comunicação/Semdec
Fotos: Max Renê