Movimento Negro participa de escuta sobre Encontro dos Tambores 2021

O Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir) e o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Comigualdade), realizaram nesta terça-feira (29) a escuta aos segmentos do Movimento Negro de Macapá. A reunião teve como objetivo o levantamento de demandas e alinhamento de propostas acerca do Encontro dos Tambores 2021.

Durante a reunião, foi montada uma comissão de trabalho, com representantes titulares e suplentes dos segmentos do Movimento Negro, que contempla a zona rural e urbana de Macapá. O objetivo é planejar o evento de maneira inclusiva.

De acordo com a diretora-presidente do Improir, Maria Carolina Monteiro, a reunião marca o início de uma agenda de planejamento para o evento. A edição de 2021 será realizada respeitando as medidas sanitárias de combate à pandemia da Covid-19.

‘’Este ano, em virtude da pandemia do coronavírus, o Encontro dos Tambores será feito de maneira adaptada, mas sempre respeitando o simbolismo. A intenção é que o evento seja totalmente virtual, com uma programação mais enxuta. Ainda não podemos chamar o público devido ao período atípico que vivemos’’, complementa a presidente.

Grupo de trabalho
A comissão será formada por integrantes dos segmentos do Marabaixo das zonas rural e urbana, batuque, sairé, das religiões de matriz africanas (umbanda, tambor de mina e candomblé), além do samba, artesanato e capoeira.

O Pai Almeida Canuto, vice-presidente da Federação de Cultos Afro Religiosos de Umbanda e Mina Nagô (Fecarumina), esteve presente na reunião como um dos representantes do segmento das religiões de matriz africana. Ele conta que realizar uma ouvidoria representa comprometimento com o Movimento Negro.

‘’Ainda estamos enfrentando o coronavírus. A escuta é importante pois precisamos alinhar ações para o Encontro dos Tambores, cumprindo todos os critérios de distanciamento social. Todos os segmentos tiveram voz, isso representa que a política de igualdade racial está sendo reconhecida’’, explica Pai Almeida.

Aline Paiva
Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial