Macapá 261 anos: devotos saúdam Iemanjá

Alvorada, rufar dos tambores, louvores, oferendas e muitas danças marcaram o Festival de Iemanjá, em Macapá. A programação faz parte do aniversário de 261 anos da capital do meio do mundo. A data foi celebrada com muitos cultos afros e pedidos de respeito e tolerância religiosa.

Dezenas de fiéis entoaram cânticos e oferendas para a rainha do mar. A devota de Iemanjá, Elda Silva Flexa, foi agradecer as bênçãos recebidas. “Eu sou muito grata à Iemanjá. Ela é a minha rainha e tudo que peço para ela chega em grandes bênçãos”, disse.

 

A programação, organizada pela Federação dos Cultos Afro-religiosos de Umbanda e Mina Nagô (Fecaromina), em parceria com o Instituto Municipal de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial (Improir), proporcionou uma grande festa na orla da cidade. O ponto alto foi, no fim da tarde, com as oferendas.

 

A festa buscou fortalecer a prática dos rituais de umbanda e mina, além de levar informação e conhecimento ao público, valorizando as manifestações tradicionais de cultura negra na capital. “A nossa vestimenta pede a paz, nossos fios de conta representam um orixá, o azul é de Iemanjá. Essa festa é para ela, da ponta da cabeça aos pés. Os fiéis de Mina Nagô pedem muito amor e o fim da intolerância às religiões de Matriz Africana”, explicou a filha de santo, dona Conceição Barbosa.

 

O festival religioso contemplou a divindade orixá do mar, considerada a mais popular. Isso acontece porque a Rainha do Mar é a padroeira dos pescadores. Este é o quarto ano que Macapá traz as comemorações para dentro da programação de aniversário de Macapá. “Há dois anos que a prefeitura colocou esse evento no calendário oficial. Isso faz parte de uma agenda de tolerância religiosa. Hoje fortalecemos essa diversidade religiosa”, contou o diretor-presidente do Improir, Maykom Magalhães.

 

Cássia Lima

Assessora de comunicação/Improir

 

Fotos: Max Renê