Feira comemora o Dia Municipal do Açaí em Macapá

De autoria do vereador de Macapá, Edinoelson Careca, a lei busca valorizar o trabalho de profissionais que trabalham com o comércio e cultivo do fruto e seus derivados.

Por Bruno Monteiro - Secretaria Municipal do Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Inovação

Foto: Rogério Lameira

A Prefeitura de Macapá celebrou a oficialização do Dia Municipal do Açaí – comemorado em 5 de setembro – com uma feira especial no Mercado Central no sábado (4), dedicada a orientações e comércio do fruto e seus derivados. A lei 063 de 2021 é de autoria do vereador Edinoelson Careca.

A Feira do Açaí contou com várias atrações diversas, venda de açaí e produtos que têm como base ou origem o fruto, além de shows musicais. O evento foi realizado em parceria com cooperativas e empresas privadas.

A venda do açaí batido a R$10 o litro vinha acompanhada de pratos típicos do Amapá, como peixe frito, charque e camarão no bafo. Os serviços gastronômicos se estenderam à degustação e comercialização de produtos derivados do fruto, como palmito, café, brigadeiro e, para garantir o fomento artístico-cultural da capital, o comércio de artesanato, como colares, brincos, pulseiras e bonecas.

Já na tenda de um dos parceiros, a cooperativa Bio+Açaí, a batedora artesanal de açaí executa o serviço com a ajuda de uma peneira, algo comum nas regiões ribeirinhas da Região Norte.

O prefeito Dr. Furlan oficializou o quinto dia de setembro como o Dia Municipal do Açaí.

“Um povo sem cultura não tem história e um povo sem história não tem memória. Então precisamos dar ênfase a esse produto que movimenta toda uma cadeia produtiva. Nós consumimos mais açaí do que os paraenses. O programa voltado para o Dia do Açaí vai mexer em todas as ramificações da rede produtiva e o festival vai ser uma grande festa atrativa para a cultura e turismo no nosso município”, declarou Beneran Santos, coordenador de Trabalho e Renda da Semtradi.

Toda a programação contou com a participação das secretarias municipais do Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Inovação (Semtradi), de Agricultura (Semag), do Instituto Municipal do Turismo (Macapatur) e das cooperativas Bio+Açaí e Sicredi, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Sistema OCB/AP, Associação dos Batedores de Açaí de Macapá (Asbam) e Cooperativa de Produtores e Batedores de Açaí de Macapá (Coomba).

“Trabalho com açaí há 17 anos. Atualmente 90% da população consome açaí, então é uma das principais refeições. Tem que ter um dia para ficar conhecido, abrangendo todas as pessoas envolvidas na produção do açaí”, falou Rodrigo Lima, 27 anos, batedor de açaí.

O guia de turismo Marcelo Gomes, 46 anos, contou que é apaixonado por açaí e toma onde quer que vá. “Achei inovador o bolinho de açaí com camarão e já comprei um litro de açaí, sempre vou a essas feiras. É um prato típico do Amapá e tem que valorizar e divulgar isso para o mundo, por isso é relevante que o município tenha uma data comemorativa para essa iguaria”.

“O açaí é a segunda maior riqueza do Amapá, gerando mais de R$ 2 bilhões de receita por ano, é o nosso petróleo. Com a lei, será criado um programa para atender a cadeia produtiva do açaí, um porto adequado, qualificação do batedor de açaí, um selo de qualidade, entre outras ações que culminam com um festival anual. Um dos objetivos da lei é valorizar o trabalho de quem lida com esse fruto”, explicou o vereador Edinoelson Careca.