Skip to content

Em noite ao ‘Dia do Samba’, público curte shows, feira e exposição de memorial

Comemoração foi embalada com sucessos do carnaval, samba e pagode

Por Anézia Lima - Fundação Municipal de Cultura (Fumcult)

A programação com mais de 20 atrações musicais, exposição e feira quilombola celebrou o Dia do Samba, no Centro de Cultura Negra do Amapá (CCNA) na noite de sábado (3). Ao som de pandeiro e tamborim, entusiastas do samba e pagode comemoraram e homenagearam o saudoso Illan do Laguinho. 

O samba sempre fez parte da vida do artista Vitinho Oliveira, que junto ao músico Junior Madureira, criou o projeto Dois Pretos. O artista destaca o amor pelo ritmo musical. 

“Há 24 anos trabalho com música. O samba na minha vida é tudo. Não consigo imaginar a minha existência longe do samba. Toda vez que subo ao palco é como se fosse a primeira vez. Uma experiência única”, contou, entusiasmado. 

Quem esteve presente no evento curtiu músicas de samba, pagode e sambas enredos. A economista Leda Carvalho aproveitou a noite na companhia do esposo e destacou a importância da valorização do samba local. 

“O fomento à cultura local é muito importante. Além do clima de alegria, estimula vários segmentos. A noite foi de samba e muita dança. Como diz o ditado, quem não gosta de samba bom sujeito não é”, citou. 

Na capital, o dia 2 de dezembro foi instituído o “Dia municipal do Samba Illan do Laguinho” pela Lei 144/2021, de autoria do vereador Claudiomar Rosa, em memória ao compositor, músico e cantor José Illan Rosa da Silva, conhecido no meio artístico como Illan do Laguinho. 

A família de Illan do Laguinho, homenageado da noite, esteve presente na comemoração com a exposição dos pertences, obras, prêmios e instrumentos.  A pedagoga Graça Reis, de 55 anos, foi casada com o músico por 30 anos e destacou o legado de persistência e orgulho da cultura amapaense. 

“Desde jovem o Illan foi envolvido com música. Então, ele circulava em todos os ambientes desse segmento, sempre homenageando personalidade do estad. O Illan era um misto de sentimentos e nos deixou um legado de lealdade, justiça, honestidade e respeito”, descreveu. 

Além das atrações musicais, a programação deu espaço às produções manuais com a Feira Quilombola. A artesã France Soares, de 43 anos, é moradora da comunidade Porto do Céu e preparou um estoque com ecobags, biojoias e lembrancinhas para a comercialização no espaço. 

“Essa oportunidade é muito importante porque conseguimos mostrar nosso trabalho e, com isso, vem o retorno financeiro para ajudar na minha renda familiar. Já estou produzindo mais peças pensando nos próximos eventos. As expectativas sempre são altas”, contou. 

A organização do evento foi de responsabilidade da Associação dos Músicos e Compositores do Amapá (AMCAP), com apoio da Prefeitura de Macapá. O diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), Olavo Almeida, destaca o sucesso da edição.

“Reverenciar o que temos de melhor na cultura artística e musical será sempre nosso papel”, finalizou.