Nesta terça-feira (15), a Prefeitura de Macapá inaugurou um espaço de acolhimento para pessoas ostomizadas. O local, que funciona no Centro Especializado em Reabilitação (CER), na zona norte da cidade, oferece acompanhamento multidisciplinar para os pacientes e conta com banheiros adaptados.
Os atendimentos são coordenados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que dispõe de enfermeiros, nutricionistas, médicos e psicólogos.
“São pacientes que fazem uso de ostomia temporária ou permanentes e que precisam do atendimento especializado. O serviço é uma iniciativa da prefeitura para atender as pessoas de forma humanizada. Todo trabalho faz parte de uma gestão que busca dar dignidade para as pessoas”, destaca Erica Aymoré, secretária municipal de Saúde.
No Amapá, são aproximadamente 750 pessoas ostomizadas. De acordo com o Ministério da Saúde, existem cerca de 450 mil pacientes no Brasil.
O ambiente no CER tem estrutura adaptada para receber os ostomizados. Os banheiros contam com espelho para visualização na troca da bolsa coletora e um sanitário com altura elevada para facilitar o despejo de urina e fezes.
“Para nós é uma satisfação muito grande, é símbolo de uma conquista. São anos de luta pela implantação de políticas públicas para pessoas ostomizadas no estado. Agradeço por presenciar esse momento que significa qualidade de vida”, diz, emocionada, Rosilete Maria Paes, presidente da Associação dos Ostomizados do Amapá.
Durante a inauguração do espaço, os pacientes receberam bolsas coletoras, além da oferta dos serviços de massoterapia, ventosaterapia e limpeza de pele.
O CER é especializado em reabilitação e atende pessoas com deficiência física, intelectual, visual e crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A instituição funciona de segunda à sexta-feira, de 7h às 13h e das 14 às 19h, na Rua Pupunhas, no Loteamento Açaí.
Pessoa ostomizada
São pessoas que passaram por intervenção cirúrgica para fazer no corpo, uma abertura ou caminho alternativo de comunicação com o meio exterior, para a saída de fezes ou urina, assim como auxiliar na respiração ou na alimentação.
Ostomia
Pode ser temporária ou permanente e trata-se de um procedimento cirúrgico para a confecção de um estoma, uma bolsa coletora, que cria um caminho alternativo de ligação do corpo com o meio exterior, tendo como objetivo ajudar no processo de eliminação de efluentes, na alimentação ou saída de fezes ou urina. O procedimento pode ser necessário devido a diversos fatores, a exemplo de tratamento de câncer ou acidente.