Censo do Turismo aponta queda de 46% na taxa de ocupação em hotéis de Macapá durante a pandemia

Nesta semana, o Censo do Turismo encerrou o levantamento de dados sobre o segmento hoteleiro de Macapá. O cenário atual apresenta queda de 46% dos índices de ocupação em quartos de hotéis, hostels e pousadas na capital. O Censo do Turismo iniciou em fevereiro de 2021 e é organizado pela Prefeitura Municipal de Macapá, por meio do Instituto Municipal do Turismo (Macapatur) e Observatório do Turismo do Amapá (ObTur/AP).

Com uma queda na arrecadação total de R$84,2 milhões para R$19,4 milhões, o setor hoteleiro de Macapá teve o mais baixo índice de arrecadação dos últimos 3 anos. O levantamento aponta que a queda se dá especificamente pelo cenário pandêmico.

Índices
O índice de maior ocupação acontece de segunda a sexta-feira, período em que turistas chegam à cidade para fazer negócios. A atividade é responsável direta pela recepção de investidores.

Números
O segmento hoteleiro recebeu em 2019 o total de 64.987 hóspedes, que geraram receita de R$ 84,2 milhões. Já em 2020, o total foi de 15.348 hóspedes e receita de R$19 milhões. Com a queda na hospedagem, o censo aponta ainda a redução de empregos.

Em 2019, o setor empregava 1.414 pessoas diretamente. Já em 2020, esse número de trabalhadores caiu para 392.

O censo aponta que, em 2020, o parque hoteleiro de Macapá perdeu 25% de seus empreendimentos e reduziu em 20% o número de quartos de hospedagem.

Além da pandemia, outros fatores estão relacionados com o fechamento de empresas do setor, como o aumento das tarifas de energia e a dificuldade de acesso a linhas de créditos.

Apesar da crise, a pesquisa apresenta que 54% dos hoteleiros seguem satisfeitos com o negócio, mesmo com a baixa no índice de ocupação e arrecadação.

A pesquisa ainda aponta quais políticas públicas devem ser tomadas para fomentar a atividade hoteleira, como redução de impostos, articulação com bancos de fomento e demais auxílios ao setor.

De acordo com o diretor-presidente do Macapatur, Benicio Pontes, o segmento é um dos setores que mais injeta recursos externos na economia do município. “A hotelaria é ligada a outros setores, como alimentação fora do lar, transporte de turistas e comercialização de artesanato local. É uma fonte direta de injeção na economia”, concluiu.

Lucas Costa
Instituto Municipal do Turismo