Campanha contra uso de cerol inclui palestras e apreensão de pipas

Aparentemente uma brincadeira inocente. Mas a prática de empinar pipas ou rabiolas se tornou um risco no trânsito e também mais um problema para o poder público. O uso de cerol, mistura de vidro em pó e cola utilizada na linha da pipa, pode resultar em acidentes graves e até em óbito. Objetivando evitar esse tipo de acidente, a Prefeitura de Macapá faz ações educativas e repressivas.

 

A intenção das palestras é alertar crianças e adolescentes em relação aos riscos e consequências da linha de pipa encerada em área urbana. Ela geralmente provoca cortes no pescoço e, dependendo da profundidade do corte, pode ser fatal. Ciclistas e motociclistas são as principais vítimas no trânsito.

 

Nas palestras, a maioria em instituições de ensino, o comandante da Guarda Municipal, Ubiranildo Macedo, alerta os estudantes sobre a Lei Municipal nº 1445, criada em 2005, que proíbe o uso de cerol e os riscos para a população dessa brincadeira perigosa. Macedo mostra ainda que, além do uso do cerol, correr atrás de pipas nas ruas em meio aos veículos põe em risco a vida dos próprios praticantes da brincadeira.

 

Já a campanha repressiva é feita em ações de fiscalização e apreensão de pipas com cerol na linha. Este tipo de atividade ocorre em todos os bairros e praças da cidade, e também nos distritos de Macapá.

 

Casos

 

Em 2016, foram registrados seis acidentes envolvendo o uso de cerol, todos no Perpétuo Socorro. Também foram recolhidos 60 quilos de carretéis com cerol. De acordo com o comandante da Guarda, as fiscalizações contra a prática são intensificadas nas férias de julho, tradicional período da brincadeira de pipas.

 

Quem flagrar o uso de cerol na brincadeira pode acionar a Guarda Municipal pelo número 98801-1153.

 

Domiciano Gomes

Assessor de comunicação/GCMM