Fiscais da prefeitura deparam-se com retorno de lixeira viciada no bairro Cidade Nova

Há dez dias da última retirada de entulho do entorno da Escola Estadual Ivone de Menezes e orla de Macapá, no bairro Cidade Nova, fiscais da Secretaria Municipal de Manutenção Urbanística (Semur) se depararam com a volta da lixeira viciada. O volume de resíduos, de toda a espécie, vem sendo acumulado no perímetro pela própria população. O local foi limpo 11 vezes pela prefeitura, somente este ano, com a retirada de mais de 200 toneladas de lixo, mas o descaso persiste.

 

“Manter o ambiente limpo não é só dever do poder público. Precisamos contar com a ajuda da comunidade, para que ela também seja nossos olhos nesses locais. Cuidar é dever de todos. É preciso cobrar direitos, mas também cumprir deveres como cidadão. Continuaremos fazendo a nossa parte, mas esta é uma ‘luta’ vencida se não pudermos contar com a conscientização da população”, lamenta o secretário de Manutenção Urbanística, Claudiomar Rosa.

 

Para se ter uma ideia da problemática, próximo ao muro de arrimo da orla, atrás da escola, já tem restos de cadeira, carcaças de animais, todo tipo de entulho, e uma quantidade enorme de caroço de açaí. “Mais de mil quilos de caroço de açaí são despejados por dia em lixeiras viciadas na orla de Macapá. Quando o correto seria o dono de batedeira providenciar o descarte regular desse material, contratando contêiner”, informa Claudiomar.

 

Em junho, a Semur mobilizou os moradores em uma reunião, na escola, visando sensibilizá-los a cuidarem do ambiente. Sem resultado, novas ações educativas e repressivas serão planejadas. Enquanto isso, fica o desejo de uma mudança de atitude efetiva e as impressões de dois trabalhadores que estiveram envolvidos nas onze frentes de limpeza na região, os garis Fernando Argulo e Francisco Gomes.

 

“Ficamos muito tristes, porque não é só a desvalorização do nosso trabalho, é a falta total de consciência do cidadão com o meio ambiente e com a sua saúde, porque o lixo causa doenças, faz o lugar ficar feio, atrai bichos. Tem de tudo, carcaça de geladeira, fogão, mas o mais absurdo foi encontrarmos três máquinas antigas de escrever, porque, para mim, quem utiliza essas máquinas deve ser alguém com instrução”, contou Argulo.

 

Rita Torrinha

Assessora de comunicação/Semur