1° Festival Hip Hop Macapá: B.boys e B.girls deram show no CEU das Artes Zona Sul

Breaking é um dos elementos do hip hop que mais encanta o público, pela criatividade dos movimentos na pista de dança

Por Mary Paes - Secretaria Municipal de Educação

Apresentações aconteceram na quadra do CEU das Artes Zona Sul. Foto:  Adevaldo Cunha/PMM

Na noite de sexta-feira (24), a Prefeitura promoveu, no CEU das Artes Zona Sul, o 1° Festival Hip Hop Macapá.

O evento contou com apresentações de música e dança dos artistas locais Matarazzo, Jorge Pretogonista, Batalha AP, DJ Lfox, Crazy BBoys Crew, Macapá Break, BBoy Eminem, Movimento sem Limites, Master Máxima e El Shammar.

Acadêmica Yasmin Emilly é fã do movimento Hip Hop. Foto: Adevaldo Cunha/PMM

O público se mostrou encantado com o festival, assim como a estudante universitária Yasmin Emilly, de 18 anos.

“Eu sou fã de Hip Hop e soube do evento pelo instagram da Prefeitura. É muito raro acontecer eventos como esse aqui na Zona Sul, então já deixo meu recado para que aconteça mais vezes aqui no CEU das Artes”, disse a jovem.

O movimento Hip Hop nasceu na década de 1970, nos subúrbios de Nova Iorque e ganhou popularidade internacional nos anos 2000. Para muitos adeptos, o estilo se tornou uma filosofia de vida e um símbolo de resistência cultural e social.

Presidente da Federação Amapaense de Breaking, Carlos Augusto, mais conhecido como Zulu.  Foto: Adevaldo Cunha/PMM

O Presidente da Federação Amapaense de Breaking, Carlos Augusto, mais conhecido como Zulu, fala da importância de festivais que valorizem a cultura Hip Hop. “Este momento que a Prefeitura de Macapá está nos proporcionando é muito louvável e vem fortalecer não só o Breaking, mas todos os elementos da cultura hip hop, como o DJ, o grafite, o MC e o B.boy (dançarino). E hoje, estamos aqui também para comemorar os 50 anos da cultura hip hop. O mundo todo está celebrando este acontecimento”.


Zulu ainda ressaltou o breaking como uma modalidade olímpica que vai estrear nas olimpíadas de Paris, em 2024.

B.boys amapaenses estão treinando pesado com a intenção de garantirem seus nomes na Seleção Brasileira e participarem da competição.

B. Boy Eminem. Foto:  Adevaldo Cunha/PMM

O dançarino amapaense, Raimundo Jonata, ou simplesmente, B.boy Eminem, da Crew (grupo) Movimento sem Limites, tem 38 anos e fala da necessidade de fomentar a cultura periférica na Zona Sul de Macapá e assim contribuir para a descoberta de novos talentos. De acordo com ele, existem muitos artistas dessa cultura em outras regiões da cidade, mas percebe uma carência na Zona Sul.


“Eu comecei no breaking, um pouco tarde, já tinha 20 anos, mas porque foi com essa idade que eu conheci essa cultura. Então está aí a importância de se levar o hip hop pra um número maior de pessoas, para o público infantil, por exemplo. As crianças ficam encantadas com a dança e muitas se sentem motivadas a dançarem também. Então, é muito válido que o prefeito realize mais eventos como esse, que venha a fortalecer a nossa cultura em todos os cantos da cidade”, complementou.

B.Girl Sind, é professora da educação infantil. Conheceu o breaking em um evento na escola.  Foto: Adevaldo Cunha/PMM

A presença feminina também marcou a cena breaking no festival. A professora de educação infantil Jaqueline de Carvalho, nome artístico B.girl Sind do CBC Crew, fez uma linda apresentação, deixando o público boquiaberto com sua performance.

“Eu conheci o breaking na escola e me apaixonei de imediato, por isso acredito na importância de se levar essa cultura também para as escolas. Fica a minha dica para o prefeito de Macapá”, disse a professora.


Jaqueline já participou de festivais dentro e fora do estado. Sua última conquista foi em fevereiro deste ano, com o CBC Crew, levando o 1° lugar no Circuito Sedel B.boy & B.girl, em Macapá.

Dinho Absoluto, diretor do CEU das Artes Zona Sul. Foto:  Adevaldo Cunha/PMM

O Diretor do CEU das Artes Zona Sul disse que a instituição representa todas as culturas e está trabalhando para cada vez mais fomentar e valorizar a arte e a cultura no município.

Diretor-presidente da Fumcult, Olavo Almeida, prestigiando o festival. Foto:  Adevaldo Cunha/PMM

A iniciativa é da Prefeitura de Macapá, por intermédio do CEU das Artes Zona Sul, Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Fundação Municipal de Cultura (Fumcult).

Fotos: Adevaldo Cunha/PMM